Sobre o PPGEP

O Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da UFMG, nos níveis de Mestrado e Doutorado, é oferecido na área de concentração Pesquisa Operacional e Intervenção em Sistemas Sociotécnicos. As linhas de pesquisa, nesta área de concentração, procuram identificar temas específicos em que os docentes desenvolvem pesquisa e atuam de maneira colaborativa.

  1. Nome do Curso Oferecido: Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da UFMG
  2. Nível do Curso: ( X ) Mestrado / ( X  ) Doutorado
  3. Nome do(a) Coordenador(a): prof. João Flávio de Freitas Almeida.
  4. Nome do(a) Subcoordenador(a): prof. Maurício Cardoso de Souza.
  5. Nome do(a) Secretário(a): Marcos Leão.
  6. Estagiário(a)/ Contratado(a):
  7. Endereço Eletrônico (Site): https://ppgep.dep.ufmg.br
  8. Endereço Eletrônico (E-mail): ppgep@dep.ufmg.br
  9. Telefones: (31) 3409-4881
  10. Endereço Físico: Departamento de Engenharia de Produção – Bloco 01 – Escola de Engenharia – Universidade Federal de Minas Gerais – Av. Antônio Carlos, 6627, Belo Horizonte, MG, Brasil. CEP: 31270-901

Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG)
Programa: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (32001010050P8)
Modalidade: ACADÊMICO
Área: ENGENHARIAS III

Aprovação institucional do Mestrado Acadêmico29/09/19941
Aprovação institucional do Doutorado Acadêmico24/03/20092
Início das Atividades do Mestrado1995/1
Início das Atividades do Doutorado2009/2
Áreas de concentração no MestradoPesquisa Operacional e Intervenção em Sistemas Sociotécnicos
Áreas de concentração no DoutoradoPesquisa Operacional e Intervenção em Sistemas Sociotécnicos
Número de créditos necessários para o Mestrado19
Número de créditos necessários para o Doutorado22
Tempo regulamentar de titulação no Mestrado4 semestres
Tempo regulamentar de titulação no Doutorado8 semestres
ASPECTOS HISTÓRICOS DO PPGEP
  1. Conselho Universitário ↩︎
  2. Conselho Universitário ↩︎

Avaliação do Programa

O Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Minas Gerais (DEP/UFMG) iniciou suas atividades em XXXX, com a criação do Programa de Mestrado em Engenharia de Produção em 29/09/1994. Em 24/03/2009, o DEP/UFMG implantou o seu Programa de Doutorado em Engenharia de Produção, recomendado pela CAPES. Na avaliação de 2013-2016, Comitê de Área (ENGENHARIAS III) e o Conselho Técnico Científico da CAPES atribuíram nota 5 (cinco) aos programas de Mestrado e de Doutorado Acadêmico. A avaliação de 2017-2020 encontra-se em andamento.

Histórico e contextualização do programa

O PPGEP-UFMG oferece, atualmente, os cursos de Mestrado Acadêmico e Doutorado. O curso de mestrado foi aprovado pela UFMG em 29/09/1994 e iniciou-se no 1º semestre de 1995. Nessa época, eram dois os objetivos: (1) a formação de futuros docentes, tanto para o país como para a própria UFMG, onde ainda não existia o curso de graduação em Engenharia de Produção; e (2) preparar o corpo docente para uma futura ampliação do PPGEP-UFMG.

O curso de doutorado em Engenharia de Produção foi aprovado pelo Conselho Universitário da UFMG em 24/03/2009 e a primeira turma foi admitida no 2º semestre de 2009. Quando da criação do doutorado, existiam duas áreas de concentração no PPGEP-UFMG: “Produto e Trabalho” e “Produção e Logística”. Porém, dado o nível de produção qualificada exigida para que os docentes pudessem atuar, o doutorado foi implementado, inicialmente, somente na área de “Produção e Logística”, contendo as linhas de pesquisa “Modelagem Estocástica e Simulação” e “Otimização de Sistemas”.

Ao final de 2012, o PPGEP-UFMG foi reestruturado. O objetivo foi adequar a sua estrutura formal e curricular ao perfil do corpo docente, retratando assim a diversidade de pesquisas e temas trabalhados na época. Assim, a partir de 2013, o PPGEP-UFMG passou a possuir uma área de concentração única, “Pesquisa Operacional e Engenharia de Manufatura”, abrangendo cinco linhas de pesquisa:

  1. Modelagem estocástica e simulação;
  2. Modelos e algoritmos de otimização para sistemas em redes e de produção;
  3. Otimização de sistemas logísticos e de grande porte;
  4. Estudos sociais do trabalho, da tecnologia e da expertise;
  5. Processos de fabricação e materiais.

Com a mudança realizada em 2013, o PPGEP-UFMG contemplou uma maior gama de áreas e subáreas da Engenharia de Produção, segundo as áreas da Associação Brasileira de Engenharia de Produção. Porém, a diminuição de duas para somente uma área de concentração recebeu tanto elogios como críticas na Avaliação Quadrienal 2013-2016. Se, por um lado, foi pontuada “uma grande correção no programa com a nova estrutura”, por outro, foi dito que a “Área de concentração é composta por duas áreas de conhecimento totalmente distintas, evidenciado no próprio nome da área”. Ou seja, houve uma “aprovação” e, ao mesmo tempo, uma “reprovação” da reestruturação feita em 2013.

Frente a essa situação, o PPGEP-UFMG optou por não criar uma segunda área de concentração, pois teria, novamente, uma área de concentração composta somente por uma linha de pesquisa, a qual ficaria em desequilíbrio com as demais. Se o PPGEP-UFMG atendesse à avaliação realizada no quadriênio 2013-2016, criando mais uma área de concentração, com somente uma linha de pesquisa, ele poderia ser criticado futuramente por excesso de áreas de concentração – como o foi anteriormente (triênio 2010-2012). Por isso, foi definida a mudança do nome da área de concentração já existente, de modo a demostrar o caráter multidisciplinar do PPGEP-UFMG.

Outra consequência da Avaliação Quadrienal 2013-2016 foi a decisão de reestruturar parcialmente o PPGEP re-centralizando o programa dentro das áreas clássicas da Engenharia de Produção. Nesse momento, optou-se por descontinuar a linha de pesquisa “Processos de Fabricação e Materiais” em reestruturação realizada em 2018. Essa decisão foi tomada devido às críticas apresentadas na ficha de Avaliação Quadrienal, especialmente em função do argumento que a linha “Processos de Fabricação e Materiais” é tradicionalmente encontrada nos cursos de Engenharia Mecânica, e de uma confluência de interesses dos docentes da linha de não aceitar novos alunos a partir de 2018. Assim, no quadriênio 2017-2020 ainda temos a participação da linha de pesquisa “Processos de Fabricação e Materiais”, mas está sendo gradativamente reduzida, tendo em vista que a última entrada de alunos para esta linha foi em 2017.

No quadriênio de 2017-2020, a linha de pesquisa “Otimização de sistemas logísticos e de grande porte” passou a ser denominada “Otimização e simulação de sistemas logísticos e de grande porte” visando refletir mais precisamente as pesquisas, publicações e áreas de atuação dos docentes vinculados a essa linha. Com isso, o Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da UFMG (PPGEP-UFMG) possui atualmente uma área de concentração, “Pesquisa operacional e intervenção em sistemas sociotécnicos”

Formação de recursos humanos qualificados

O PPGEP-UFMG oferece os cursos de mestrado e doutorado acadêmicos. O mestrado em Engenharia de Produção está plenamente consolidado. Desde o seu início, em 1995, até dezembro de 2020 foram defendidas 143 dissertações. No período 2017-2020, foram defendidas 40 dissertações de mestrado.

O curso de doutorado também está consolidado com um número de defesas por ano estável a partir de 2015. Nos anos de 2009 e 2010 foram selecionados três alunos por ano, dentro da política de se trabalhar com mais qualidade do que quantidade. Porém, desde 2011, a busca pelo curso aumentou sobremaneira, impactando positivamente a entrada de bons alunos. Essa conjuntura fez com que as primeiras defesas de doutorado do PPGEP-UFMG ocorressem em 2014, contabilizando, até dezembro de 2020, o total de 47 defesas de tese. Já em 2017-2020, foram contabilizadas 28 teses de doutorado defendidas.

O PPGEP finalizou o ano de 2020 com 24 mestrandos e 53 doutorados (77 discentes no total). A título de comparação, no ano de 2016 haviam 33 mestrandos e 45 doutorados (78 discentes no total). Observa-se assim uma estabilidade na quantidade total de discentes matriculados no PPGEP ao final dos quadriênios de 2013-2016 e 2017-2020.

Ao comparar a quantidade de defesas de mestrado e doutorado e de discentes matriculados nos quadriênios 2013-2016 e 2017-2020, percebe-se uma mudança de ênfase do mestrado para o doutorado, uma vez que não houve variação significativa no número de docentes cadastrados no PPGEP. Essa mudança refletiu na produção acadêmica em periódicos nos mais altos-estratos do QUALIS observada no quadriênio 2017-2020. Fica evidente, assim, o importante papel do PPGEP-UFMG na formação de recursos humanos qualificados e na produção de novos conhecimentos.

Estrutura curricular

A estrutura curricular do PPGEP-UFMG foi alterada no quadriênio 2013-2016 para se adequar às novas linhas de pesquisa, criadas em 2012, e parcialmente reestruturada no quadriênio 2017-2020 com a descontinuidade da linha de pesquisa “Processos de fabricação e materiais” e a mudança na denominação de sua área de concentração para “Pesquisa operacional e intervenção em sistemas sociotécnicos”. Dessa maneira, o PPGEP-UFMG procura deixar clara a existência de expertises e de uma gama de pesquisas de cunho mais quantitativo (Pesquisa Operacional) e outra de cunho mais qualitativo (Intervenção em Sistemas Sociotécnicos). Destaca-se a realização de projetos colaborativos entre as linhas qualitativas/quantitativas – como demonstra as publicações entre os membros das diversas linhas.

No quadriênio de 2013-2016, a alteração curricular se deu por meio da adequação das ementas de algumas disciplinas e do número de créditos exigidos na formação dos discentes, para fins de defesa. Sobre os créditos, optou-se por uma redução, ainda em 2012, de 22 para 19 créditos no mestrado e 22 créditos para o doutorado. Essa alteração foi realizada em alinhamento com as diretrizes de ensino da Pós-Graduação da UFMG sobre flexibilidade curricular e na ampliação do conceito de atividade acadêmica se atentando para requisitos de formação específica e diversificação na aquisição de conhecimento.

A redução de créditos no doutorado foi feita com o objetivo de focar nas orientações individuais e nos resultados, em vez de sobrecarregar os discentes com um elenco muito grande de disciplinas. Isto é, no caso dos discentes provenientes do mestrado, somente 50% das disciplinas realizadas podem ser aproveitadas no doutorado, o que significa que eles têm de fazer 11 créditos adicionais. Já no caso dos discentes que entram direto no doutorado, em especial que provêm de outras áreas da engenharia, são solicitados os 22 créditos, mas uma forte orientação um a um ocorre ao longo dos 4 anos, provendo a formação necessária. Quando necessário, caso os discentes venham de áreas distintas às engenharias, eles são solicitados a fazer outras disciplinas para complementar a sua formação. Em suma, ao implementar uma estrutura curricular enxuta a ao mesmo tempo flexível, aliada a uma orientação individual prolongada, o PPGEP-UFMG foca na qualidade da formação ao invés da quantidade.

No quadriênio 2017-2020, em função da descontinuidade da linha de pesquisa “Processos de Fabricação e Materiais” foi realizada uma restruturação parcial no PPGEP, que passou a contar com quatro linhas de pesquisa. Contudo, como os resultados da reestruturação realizada no quadriênio anterior foram considerados positivos, a estrutura curricular foi mantida.

Promoção da igualdade de acesso e oportunidades

Em relação as formas de ingresso de discentes, o PPGEP realizou uma importante alteração no quadriênio 2017-2020 com o objetivo de contribuir na promoção da igualdade de acesso a oportunidades e diminuição de desigualdades entre grupos da sociedade. O programa começou a adotar em seu processo seletivo a partir de 2018 uma política de ações afirmativas para inclusão de pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e com deficiência na pós-graduação em conformidade com a Política de Ações Afirmativas aprovada pela UFMG em 2017. O Plano de Desenvolvimento Institucional da UFMG (PDI, 2018) sugere que o acesso deve acontecer por meio de processo seletivo regular para pessoas negras e por meio de processo seletivo suplementar para os candidatos indígenas ou com deficiência. Embora essa política tenha sido adotada recentemente e não seja possível avaliar concretamente os resultados dessa iniciativa, acredita-se que a adoção dessas políticas contribua para a inclusão de populações historicamente privadas de acesso a oportunidades.

Infraestrutura

O PPGEP-UFMG funciona nas novas instalações da Escola de Engenharia, no Campus da Pampulha, em Belo Horizonte. A mudança para este novo prédio, efetivada em 2006, possibilitou uma melhor acomodação dos laboratórios de pesquisa já existentes e a criação de novos laboratórios os quais vieram ao encontro da expansão dos grupos de pesquisa do PPGEP-UFMG.

Nesse prédio estão disponíveis salas de aula e espaços para o funcionamento de 11 laboratórios ligados à área de concentração Pesquisa Operacional e Intervenção em Sistemas Sociotécnicos e às suas linhas de pesquisa. Há também duas salas de estudo para uso exclusivo dos alunos de pós-graduação do PPGEP-UFMG, sendo que uma delas está equipada com diversos computadores, o que permite que a mesma seja utilizada para ensino de disciplinas da pós-graduação. O PPGEP conta ainda com infraestrutura completa na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais para sediar eventos científicos, com 4 salas de seminários para 70 pessoas, auditório para 400 pessoas e sistema para tradução simultânea. Todos os laboratórios são utilizados por alunos regulares de pós-graduação do PPGEP-UFMG e alunos da graduação envolvidos em atividades de pesquisa.

Mesmo tendo sido descontinuada a partir de 2018 os laboratórios da linha de pesquisa “Processos de Fabricação e Materiais” continuaram sendo utilizados pelos discentes remanescentes da linha durante todo o quadriênio 2017-2020. No final de 2020, existiam ainda 6 discentes de doutorado vinculado a esta linha no PPGEP.

Softwares

O PPGEP-UFMG possui os softwares necessários de apoio à pesquisa em seus diversos laboratórios, como por exemplo:

  • Softwares estatísticos: Minitab e R (licença livre);
  • Matlab;
  • Um software tipo ERP (Planejamento dos Recursos da Empresa) no valor de R$ 5 milhões conseguidos através de uma parceria com uma empresa do setor de tecnologia da informação;
  • Um software CAD/CAE/CAM (Design, Engenharia e Manufatura Auxiliados por Computador) no valor de aproximadamente US$ 800 mil, um dos programas mais avançados do mundo na área de Engenharia de Produto e abordagem PLP (Product Lifecycle Management, ou Gestão do Ciclo de Vida do Produto);
  • Softwares de simulação (ARENA e PROMODEL), de otimização (X-PRESS, GLPK, CPLEX e GUROBI-licença livre), de gerenciamento de dados (MySQL), de programação (C/C++ e Python) e de modelagem matemática (AMPL).

Hardware

O PPGEP-UFMG conta com mais de 150 computadores distribuídos nos diversos laboratórios de pesquisa (cujo uso é restrito aos docentes pesquisadores, alunos de mestrado e doutorado, e alunos de graduação, do curso de Engenharia de Produção ou não, envolvidos nos diversos projetos de pesquisa). Também contamos com computadores especiais para processamento paralelo e distribuído. O acesso remoto aos computadores já acontecia, mas foi intensificado a partir da pandemia, iniciada em março de 2020, em função das restrições de acesso físico aos laboratórios da UFMG. A UFMG também estabeleceu parceria com a Microsoft para uso do Microsoft Teams permitindo a realização de aulas, reuniões e defesas de mestrado e doutorado remotamente. O acesso remoto a computadores especiais permite que discentes e docentes continuem os trabalhos de pesquisa remotamente.

Os docentes do PPGEP-UFMG têm se empenhado em buscar recursos junto a órgãos de fomento e projetos em parceria com a iniciativa privada e instituições públicas para equipar os laboratórios, além de financiar bolsas de alunos de graduação, mestrado e doutorado.

Egressos

Universidades: Um número significativo de nossos egressos são hoje professores efetivos nas principais universidades públicas, e.g., UFMG, UFOP, UFSJ, UFV, UFES, UFTM, UFRA, CEFET-MG, CEFET-RJ, UFRJ, IFMG, UNIFEI, e UEMG, e privadas, e.g., PUC-MG, UNA, FUMEC, FACISA, Centro Universitário Isabela Hendrix, Faculdades Kennedy, e Unimontes, do estado de Minas Gerais e do Brasil. Temos também já egressos professores em universidades internacionais, e.g., University of Edinburgh Business School, Escócia, no Reino Unido, Universitat Pompeu Fabra, Barcelona, na Espanha, e Université de Nantes, França.

Empresas: Além de capacitar o corpo docente para diversas universidades, o PPGEP-UFMG também forma mão de obra qualificada para atuar no setor produtivo. Listamos algumas empresas que contam atualmente com mestres ou doutores formados no PPGEP-UFMG: Lojas Renner, Accenture, Andrade Gutierrez, Arcelor Mittal, C&A, Embraer, Ferrous, Fiat Automóveis, Gerdau Açominas, Honda, Líder Taxi Aereo, Petrobras, Usiminas, Vale, Vallourec Manesmmann, AngloAmerican e Localiza.

Startups: Alguns egressos do PPGEP-UFMG também optaram por inovar e empreender, estruturando o próprio negócio com base nos conhecimentos adquiridos no PPGEP-UFMG. Destacamos o caso do Davi Simões Doro Pereria que desenvolveu, durante o mestrado, o LaModal (www.lamodal.com) ou um sistema colaborativo web para editoração e execução de modelos de programação matemática e otimização, e a Samira Nagem Lima e Marcelle La Guardia que desenvolveram, também durante o mestrado, um programa de computador para gestão do conhecimento tácito dando origem a empresa Situated (www.situated.com.br).

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