Projetos de desenvolvimento

Os projetos de desenvolvimento envolvem aspectos técnicos, organizacionais, sociais e econômicos e foram desenvolvidos aproveitando a diversidade do corpo docente do PPGEP-UFMG. Esses projetos abordam áreas clássicas da Engenharia de Produção, conforme a ABEPRO, tais como Planejamento da Produção, Logística e Cadeia de Suprimentos, Modelagem, Simulação e Otimização, Programação Matemática, Processos Estocásticos, Gestão do Desempenho Organizacional, Gestão Estratégica e Organizacional, Gestão da Inovação, Gestão do Conhecimento, Gestão de Riscos, Organização do Trabalho, Ergonomia, Segurança do Trabalho e Sustentabilidade. Os problemas e situações práticas tratados nesses projetos se encontram em empresas de engenharia de manufatura global, em sistemas logísticos de transporte e de distribuição, em sistemas de serviços como redes hospitalares, cooperativas, dentro outras. Tais problemas apresentam elevada complexidade e alto grau de intercorrelação entre subsistemas distintos.

Otimização, modelagem estocástica, algoritmos e análises

Projetos de desenvolvimento ativos na área de otimização, modelagem estocástica, algoritmos e análises.

Operações de Produção Inteligentes e Integradas (OPI)
O objetivo deste projeto é automatizar de forma inteligente os parâmetros e equações que alimentam o modelo matemático sob a perspectiva do Centro de Operações Integradas (COI). Além disso, o projeto visa criar um mecanismo inteligente capaz de entender a relação entre a qualidade do minério na entrada e na saída do concentrador. Isso permitirá programar o processo de alimentação da britagem, levando em consideração diversos fatores. O projeto também inclui ajustes no modelo matemático resultado de um projeto vigente e a implementação de alertas para desvios em relação ao cronograma de produção.
Programa de Aprendizado de Máquina Federado para Veículos Conectados
Este projeto visa criar um ambiente para viabilizar aplicações avançadas de aprendizado com veículos conectados de maneira a fazer melhor uso dos dados coletados. O modelo de aprendizado escolhido tem como premissas a eficiência na comunicação evitando sobrecarga dos canais de comunicação utilizados pelos veículos e a garantia da privacidade dos condutores, evitando que dados privados coletados pelos veículos sejam disponibilizados desnecessariamente. O ambiente federado de aprendizado de máquina tem um grande potencial de impacto na criação de aplicações disruptivas na indústria automotiva e na ação governamental para a criação de cidades mais inteligentes.
Pesquisa e Desenvolvimento do Sistema Puxado de Policiamento – SPP
Encomenda tecnológica de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Sistema Puxado de Policiamento – SPP. Este sistema visa a gestão integrada de informações operacionais e capaz de gerenciar os fluxos formais de informação nos vários setores operacionais da Polícia Militar de Minas Gerais. Deve ser habilitado a prospectar, coletar, filtrar, monitorar, disseminar informações de diferentes naturezas e elaborar planejamento de serviços policiais. Entre os objetivos específicos destaca-se a definição de indicadores de produtividade mais precisos sobre a atuação policial, coordenação das ações de comando, reduzindo desperdícios burocráticos e logísticos, avaliação e comparação dos efeitos percebidos com os efeitos esperados. Essa visão fomenta duas direções de pesquisa distintas e importantes para o sucesso do projeto. De um lado está a definição e construção de indicadores de qualidade de serviço nos diversos níveis. Por outro lado, demanda um sistema capaz de gerenciar todo o fluxo de informação e apoiar o planejamento dos serviços policiais e a tomada de decisão.
Desenvolvimento de sistema com malha de sensores para monitoramento da saúde estrutural e acompanhamento da perda de espessura de parede de tubulações, usando conceito IoT e análise automática de dados por algoritmos de inteligência artificial
Entre os principais objetivos pode ser destacado o desenvolvimento de um sistema customizado para coleta de dados com conceitos de internet das coisas ( IoT) e dados de sensores de emissão acústica. Este será um protótipo de projeto próprio, com tecnologia nacional e de menor custo. Também serão desenvolvidos algoritmos de inteligência artificial com nível básico de treinamento para realizar manutenção preditiva do problema específico (perda de espessura da parede de tubulações por corrosão interna). Os algoritmos de inteligência artificial desenvolvidos serão capazes de monitorar a espessura das paredes das tubulações, através de gêmeos digitais a serem desenvolvidos, e predizer o melhor momento para a manutenção do ativo na refinaria. Para isso, também serão desenvolvidas técnicas para estimativa de taxa de redução de espessura através de emissão acústica.
Terras Indígenas em Foco Descrição
À luz da necessidade de qualificação do debate público e aprimoramento das políticas públicas, esta proposta busca fornecer bases científicas para identificar os atores do desmatamento e dos incêndios, consequentemente as ameaças às Terras Indígenas, incluindo ações, inépcia ou mesmo incentivo institucional que encorajam essas práticas criminosas. Esse projeto procura também buscar soluções para escalar o negócio da sociobiodiversidade em TIs através da realização de uma tipologia da vulnerabilidade dos negócios da sociobiodiversidade. Com essa tipologia será estimado onde, quando e em que situações as cadeias dos produtos da sociobiodiversidade poderiam ser desenvolvidas e quais mecanismos de mercado e arranjos institucionais seriam mais indicados para diferentes contextos territoriais das TIs. Por exemplo, em muitas das TI na calha norte no Pará, cadeias produtivas como a castanha do Brasil já estão implantadas e com mercados assegurados. Outras estratégias de mercado, como o desenvolvimento de produtos com mercados nicho, são mais apropriadas para contextos específicos como é o caso do látex liquido no Acre. Tendo em vista o papel central das TIs na proteção da floresta Amazônica (Gonçalves-Souza et al. 2021), bem como suas ameaças crescentes, faz se necessária a geração da inteligência territorial para o estabelecimento de esforços visando o aprimoramento do monitoramento e consolidação da proteção ambiental dessas áreas, que abrigam uma das mais ricas etnocultural e biológica diversidades do mundo, incluindo cerca de 222 grupos indígenas que falam mais 160 línguas e habitam uma área aproximada de 120 milhões de hectares (Arima et al. 2014, Lima et al. 2020).
Incorporando modelos geoestatísticos à análise de Produtividade e Eficiência de Empresas Brasileiras do Setor de Energia Elétrica e na Avaliação de Políticas Públicas.
O objetivo deste projeto é o desenvolvimento de metodologias de benchmarking, ou de análise de eficiência, que incorporem características georeferenciadas. Os dois principais modelos de Benchmarking apresentados na literatura e amplamente utilizados são: Data Envelopment Analysis (DEA – Análise Envoltória de Dados) e Stochastic Frontier Analysis (SFA – Análise de Fronteira Estocástica). Esses modelos estimam índices de eficiência a partir de variáveis de insumos, produtos e ambientais; e também permitem a análise comparativa das unidades de decisão (Decision Making Units – DMUs). No contexto Brasileiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) vem utilizando o modelo DEA nos ciclos de revisão tarifária das empresas de distribuição e transmissão de energia elétrica. Também, a Agência Reguladora de Saneamento Água e Esgoto (ARSAE-MG) utiliza os modelos SFA e DEA para a revisão tarifária das empresas municipais de tratamento de água e esgoto. No contexto deste projeto, é ainda de interesse a análise de fatores ambientais associados à pratica de atividade física e consumo de frutas e hortaliças nas regionais do município de Belo Horizonte utilizando modelos de Benchmarking. Uma componente comum nos problemas indicados é a presença de informação georeferenciada, seja na forma das áreas de abrangência das distribuidoras e transmissoras de energia elétrica, ou nos polígonos georeferenciadas dos municípios ou das regionais no município de Belo Horizonte. A localização geográfica de unidades de decisão têm sido alvo de investigação da comunidade de Benchmarking, visto o número crescente de apresentações em congressos no tema e publicações em periódicos internacionais. No contexto dos modelos de Benchmarking, a componente georeferenciada vem sendo timidamente explorada na criação de subgrupos homogêneos de unidades de decisão ou no ajuste em segundo estágio de escores de eficiência. Entretanto, metodologias georeferenciadas ou espaciais apresentam grande potencial de aplicação e desenvolvimento teórico.
Desenvolvimento de metodologia de suporte a sistema de decisão para mercado futuro de energia
O objetivo geral deste projeto consiste em desenvolver uma modelagem estocástica que permita uma análise crítica do processo de compra e venda no mercado futuro de energia considerando informações qualitativas e quantitativas.
Modelos de soft-computing/machine learning para a previsão de indisponibilidade forçada de equipamentos em PCHs/CGHs
O objetivo geral deste projeto consiste em propor um Sistema Inteligente para a previsão de indisponibilidade forçada de equipamentos em PCHs e CGHs.

Expertise do trabalho e estudos sociais

Projetos de desenvolvimento ativos na área de expertise do trabalho e estudos sociais.

Desenvolvimento de ecossistemas de produção cooperativos a partir da agroecologia e de circuitos curtos de comercialização
Objetivo: Contribuir para o desenvolvimento territorial em municípios nas proximidades de Mariana, visando a diversificação de sua economia local. Neste projeto, o objetivo específico é a implementação de um projeto-piloto de desenvolvimento da produção agroecológica e de circuitos de proximidade para comercialização, contribuindo para impulsionar o desenvolvimento econômico de forma endógena.
Desenvolvimento de ecossistemas de produção cooperativos no vale do rio doce
O objetivo é desenvolver um projeto-piloto de agricultura agroecológica e circuitos de proximidade para comercialização. Tendo esse projeto-piloto como centro, a estratégia de desenvolvimento de ecossistemas procura criar, progressivamente e de forma consistente, relações de cooperação e economias de integração de início, entre as seguintes atividades econômicas: Agricultura familiar, agroecologia e agricultura florestal; Atividades de turismo de base comunitária; Atividades industriais integradas à agricultura e aos serviços; Empreendimentos cooperativos de coleta e tratamento de resíduos sólidos urbanos; Outros empreendimentos a serem identificados (ofícios tradicionais, atividades culturais e de formação profissional).
Análise Ergonômica nos Postos de Trabalho dos Terminais de Carregamento da REGAP
Análises ergonômicas de todos os postos de trabalho dos terminais de carga da REGAP/PETROBRÁS. As análises permitirão elaborar recomendações de melhorias para cada terminal de carregamento, relacionadas com suas demandas específicas e inadequações ergonômicas diagnosticadas.
Design Inclusivo: concepção de sistemas de objetos para reciclagem
Implementar na Região Norte de Belo Horizonte (Pampulha) sistemas de coleta seletiva com participação das associações de catadores locais, que sejam mais eficientes que os sistemas atuais de tratamento dos resíduos sólidos urbanos, segundo critérios ambientais, econômicos e sociais. Os sistemas de coleta seletiva solidária, a serem implantados na forma de projetos-piloto, servirão como projetos de referência nacional e internacional.
Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária – ORIS
O Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) reúne diversos atores sociais que defendem a reciclagem como tecnologia de tratamento dos resíduos sólidos urbanos. A reciclagem, como vem sendo desenvolvida no Brasil, é inclusiva, permitindo a reinserção produtiva de milhares de catadores, e solidária, por estar baseada em relações sociais de dádiva, não mediadas pelas trocas mercantis. Enquanto observatório, o ORIS é um dispositivo de acompanhamento do desenvolvimento da reciclagem solidária, debatendo as principais questões que concernem o cotidiano dos catadores e os espaços sociais nos quais eles atuam, dos territórios onde fazem a coleta de materiais recicláveis à definição de políticas públicas que afetam a tecnologia social da reciclagem solidária. Mais detalhadamente, são questões relativas à política nacional de resíduos sólidos, aos planos de gestão, aos sistemas de coleta seletiva, à inclusão de moradores de rua, à logística reversa, ao financiamento dos serviços de coleta seletiva e ao conjunto de leis e regulamentos que influenciam sua atividade (PNRS, acordos setoriais de logística reversa, remuneração pelos serviços urbanos e ambientais, reconhecimento da profissão do catador, leis do cooperativismo, planos municipais de gestão de resíduos sólidos, etc.). Além de desempenhar funções usuais de observatórios ? produzir e reunir informações de interesse das associações de catadores ? as reflexões que acontecem no ORIS estão estreitamente relacionadas com a definição de ações estratégicas, funcionando como um espaço de pensamento coletivo que junta a experiência dos catadores, a prática dos técnicos que os apoiam, o conhecimento de especialistas, em um processo de trocas que transforma a todos.
Alternativas de produção em economia solidária
Os empreendimentos da economia solidária (EES) – cooperativas, associações, empresas autogestionárias, agricultura familiar ? apresentam-se, hoje, como uma importante alternativa para amenizar a exclusão social e promover o desenvolvimento local. No Brasil, ao longo das três últimas décadas diversas experiências buscam construir uma alternativa aos modelos tradicionais de desenvolvimento econômico e de criação de emprego, demanda social que as grandes empresas, não conseguem atender, quando crescimento econômico está associado a desemprego estrutural. Todavia, quando se conhece a realidade dos EES, percebe-se uma série de problemas que podem limitar suas potencialidades de desenvolvimento. As políticas de incentivo e ações de apoio à criação de EES (microcrédito, capacitação, incubadoras, apoio jurídico…) criam condições institucionais e motivacionais para os EES, mas apresentam um limite importante: não ajudam os associados a desenvolver instrumentos de gestão cotidiana, as condições objetivas (técnicas, administrativas e econômicas) da autogestão: falta uma engenharia da produção solidária. Este é o foco central de atuação desse PROGRAMA DE EXTENSÃO, coordenado pelo ALTER-NATIVAS DE PRODUÇÃO, Núcleo de ensino, pesquisa e extensão em economia solidária da Escola de Engenharia da UFMG. Essa lacuna tecnológica e de gestão limita o crescimento e compromete a sustentabilidade dessas iniciativas. A economia solidária não precisa ser (e nem pode ser) uma economia da pobreza, da produção artesanal ou de formas arcaicas de trabalho, sendo necessário, se quiser desenvolver-se, combinar tecnologia material à tecnologia social: falta à economia popular e solidária a ?engenharia da solidariedade?, os procedimentos efetivos da autogestão no cotidiano, formas solidárias eficientes de produzir riqueza. A maioria dos EES sobrevive em situações precárias, enfrentando dificuldades de gestão, comercialização, acesso a recursos financeiros e a conhecimentos tecnológicos. Com o tempo, perde-se o dinamismo empreendedor que motivou a criação do empreendimento e a capacidade de crescimento, com efeitos na redução dos associados e do valor das retiradas mensais. Os EES estão capacitados a manter a produção atual, assegurada pela experiência dos trabalhadores, mas encontram dificuldades para implementar inovações mais radicais, como o lançamento de novos produtos, explorar novas oportunidades de mercado e aumentar a escala de produção, reduzir custos e melhorar a qualidade. As melhorias, quando existem, se resumem às inovações incrementais, que são importantes para garantir uma posição no mercado, mas insuficientes para manter um desenvolvimento contínuo. Além disso, paradoxalmente, os empreendimentos solidários são pouco solidários entre si. Ainda não se desenvolveu uma rede de relações entre os EES, buscando dinamizar a produção através da união de interesses e de complementaridades técnicas para compras de matérias-primas e insumos, vendas de produtos e aproveitamento de resíduos, compartilhamento de redes de comercialização e acesso a crédito. Onde a vocação de solidariedade oferece as condições mais favoráveis para se desenvolverem relações econômicas solidárias, não se observa a circulação de riqueza baseada em princípios de parceria e de cooperação, tendência que se impõe mesmo às empresas capitalistas organizadas em forma de rede. Para tratar desses problemas de gestão, organização, produção e inovação é que consideramos ser necessário instituir este PROGRAMA DE EXTENSÃO, criando uma equipe na Escola de Engenharia que se dedique a pesquisas, ensino e extensão em economia solidária, voltada não apenas para desenvolver atitudes empreendedoras ou para incentivar a abertura de novos negócios, mas também para geri-los de forma eficiente no dia-a-dia, isto é, para assegurar um crescimento constante, com base na inovação permanente.
Software de Gestão do Conhecimento Tácito (Versão 3.0)
Projeto de Inovação agraciado na Chamada 04/2019 Tríplice hélice: Interação Governo-ICT-Empresa. Submetido pela Situated Consultoria e Pesquisa. Participação do docente Rodrigo Ribeiro por meio da FCO-UFMG: palestras e apoio nos pilotos, retirada de dúvidas das versões anteriores e metodologias desenvolvidas na UFMG.
Organização de Empresas Inovadoras (Start-up)
Start-up criada para fomentar, divulgar e comercializar metodologias de Gestão do Conhecimento Tácito desenvolvidas no Departamento de Engenharia de Produção, patenteadas pela UFMG e licenciadas à Situated Consultoria e Pesquisa. Atualmente a start-up é gerenciada e operada por três mestres formados na UFMG, sendo duas delas em Engenharia de Produção e um em Inteligência Computacional. O Prof. Rodrigo Ribeiro e Francisco Lima atuam como membros do Conselho Técnico Científico da Situated e em projetos específicos, quando é feito um contrato entre a start-up e a Fundação Christiano Ottoni, da Escola de Engenharia da UFMG.
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