Autoavaliação

2021-2024

Autoavaliação 2021-2024.

Foi implementado o envio contínuo e anônimo de sugestões e reclamações ao PPGEP.

Sugestões:

2017-2020

No âmbito da avaliação da CAPES, a partir do quadriênio 2017-2020 determinou-se que os Programas de Pós-Graduação propusessem um modelo de autoavaliação apto a captar aspectos pertinentes a sua missão e seus objetivos, incluindo aqueles relativos à sua inserção no contexto social/internacional e a suas escolhas científicas específicas (CAPES, 2019). Dessa forma, considerando o objetivo formativo da avaliação interna, o processo de autoavaliação do PPGEP foi apoiado nos princípios da ética, da transparência, da justiça, da democracia, da individualidade e da privacidade para proteger punições morais ou ameaças à integridade dos sujeitos participantes dos processos. São objetivos da autoavaliação:

  • Conhecer o perfil dos discentes;
  • Elaborar um diagnóstico do PPGEP a fim de compreender seu contexto, estrutura e políticas adotadas a partir da percepção da comunidade interna;
  • Identificar pontos fortes que podem ser potencializados e pontos fracos a serem melhorados no Programa;
  • Subsidiar a tomada de decisão e elaboração de metas futuras com vistas a aperfeiçoar a qualidade do Programa em relação à pesquisa, o ensino, a gestão e o impacto social da sua produção.

Etapas do processo de autoavaliação: Conquanto exista diversos métodos disponíveis para o desenvolvimento dos processos de autoavaliação, a presente política se inspirou no processo sugerido pelo GT- Autoavaliação de Programas de Pós-Graduação da CAPES (CAPES, 2019). As etapas de operacionalização do processo de autoavaliação definidas são as seguintes:

  • Preparação: planejamento do processo de autoavaliação e sensibilização da comunidade local;
  • Implementação: divulgação de questionários, realização de reuniões em orientadores e orientandos;
  • Análise e divulgação dos dados: coleta, interpretação dos dados e divulgação dos resultados para a comunidade local.

Preparação: A primeira etapa do processo auto avaliativo é considerada essencial para delinear o fluxo das ações de maneira assertiva de modo a contemplar todos os pontos a serem investigados. Para coordenar esse processo, desde a sua sistematização até a articulação dos resultados finais, foi instituída uma comissão de Autoavaliação, cuja composição é compreendida por: 1 representante da coordenação da Pós-Graduação, 1 representante docente por linha de pesquisa, 1 representante discente por linha de pesquisa e 1 representante técnico-administrativo por linha de pesquisa. A composição da comissão foi a seguinte:

  • Fernanda de Freitas Alves, representante discente da linha Modelos e Algoritmos de Otimização para Sistemas em Redes e de Produção;
  • Juliana Davis, representante discente da linha Modelagem Estocástica e Simulação.
  • Lidiane Vieira, representante discente da linha Estudos Sociais do Trabalho, da Tecnologia e da Expertise;
  • Marcelo Azevedo Costa, representante docente da linha Modelagem Estocástica e Simulação;
  • Marcos Leão, servidor técnico-administrativo;
  • Maurício Cardoso de Souza, representante docente da linha Modelos e Algoritmos de Otimização para Sistemas em Redes e de Produção;
  • Raoni Guerra Lucas Rajão, representante da coordenação e da linha Estudos Sociais do Trabalho, da Tecnologia e da Expertise;
  • Ricardo Saraiva de Camargo, representante docente da linha Otimização e Simulação de Sistemas Logísticos e de Grande Porte;
  • Virgínia Silva Magalhães, representante discente da linha Otimização e Simulação de Sistemas Logísticos e de Grande Porte.

Uma vez criada a Comissão, os primeiros pontos considerados antes na implementação autoavaliação consistiu em definir três aspectos fundamentais: i) o que avaliar; ii) quem avaliar e iii) como avaliar. Para o primeiro buscamos delimitar quais dimensões/variáveis seriam avaliadas e quais indicadores utilizados. No segundo aspecto, definimos o público-alvo da pesquisa e por último, quais instrumentos seriam utilizados para a avaliação interna. Em relação ao público, foram considerados os sujeitos dessa autoavaliação os atuais discentes dos cursos de mestrado e doutorado, os docentes cadastrados no Programa, a coordenação do PPGEP, os residentes pós-doutorais e técnicos administrativos. Não foram incluídos, nessa primeira fase, os mestres e os doutores egressos do Programa. A delimitação do escopo “do que se avaliar” foi feita através da definição de dimensões (temas de análise) e indicadores, como mostrado a seguir.

Administração e gestão do Programa

  • Gestão de conflitos adequada
  • Ambiente positivo de relacionamento
  • Apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e outros departamentos
  • Atendimento adequado ao público
  • Ações satisfatórias de recepção de seus membros
  • Desenvolvimento de um planejamento estratégico

Estrutura curricular do Programa e produtividade

  • Inserção internacional
  • Inserção no mercado de trabalho
  • Comunicação com áreas transversais
  • Colaboração entre grupos de pesquisa
  • Incentivo à participação em eventos
  • Formação de discentes na área de atuação satisfatória
  • Publicação em jornais de impacto

Desenvolvimento profissional

  • Acompanhamento do percurso do discente e de egressos
  • Acompanhamento da atuação e desempenho do docente
  • Tempo de atuação docente
  • Acompanhamento da atuação dos técnicos-administrativos
  • Tempo de atuação dos técnicos-administrativos
  • Acompanhamento da saúde mental

Infraestrutura

  • Instalação adequada para desenvolvimento de pesquisa

Inserção social

  • Atuação em políticas públicas
  • Desenvolvimento de atividades de extensão
  • Receptividade de demandas da sociedade

À etapa de definir os instrumentos de autoavaliação procedeu-se um levantamento a respeito dos mecanismos de autoavaliação pré-existentes e já utilizados pela Universidade. Na oportunidade, identificou-se a existência dos questionários de autoavaliação feito pelo Programa de Pós-Graduação e idealizada pela Comissão de Avaliação Diagnóstica da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Dessa forma, a fim de favorecer a articulação com o planejamento da Instituição e aproveitar a sinergia com o objetivo da autoavaliação do Programa, esses questionários foram priorizados como umas das ferramentas de autoavaliação do PPGEP. As respostas dos questionários serviriam como base para identificar as forças, fraquezas, oportunidades, e ameaças do Programa (análise SWOT, do português FOFA -Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Considerou-se também um instrumento de autoavaliação as reuniões periódicas realizadas entre docentes e discentes para avaliar as possibilidades de melhoria no ensino e pesquisa da linha. Diferentemente dos questionários cujos resultados seriam objeto de mudanças, nas reuniões os atores se mobilizavam para solucionar os problemas pontuais ou encaminhar possíveis soluções futuras. Ao final da preparação, passou-se à etapa de sensibilização da comunidade acadêmica. Para isso, foi iniciada uma campanha de divulgação interna na qual foram enviados e-mails a todos os membros participantes explicando a importância da participação de todos na construção de um Programa de qualidade através da adesão ao questionário de avaliação e do seu engajamento com a comunidade acadêmica.

Implementação: Uma vez delineada a pesquisa auto avaliativa, passou-se então à etapa de implementação dos questionários. Previamente ao envio destes pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, os membros da Comissão Auto avaliativa enviaram e-mails a todo o público-alvo da PPGEP comunicando a sua importância para melhoria do Programa. Inicialmente, foram também planejadas algumas intervenções a serem realizadas pela Comissão como, por exemplo, a apresentação da política de autoavaliação da PPGEP, a fixação de cartazes e distribuição de panfletos sobre a importância da opinião da comunidade acadêmica. Contudo, devido à pandemia da COVID-19 o acesso à Universidade estava restrito e, a maioria dos participantes, continuam não frequentando esse espaço.

A maior parte dos questionários é composta por perguntas fechadas onde fora adotada a escala de Likert de cinco pontos para estratificar as respostas em: Concordo totalmente, Concordo, Não concordo nem discordo, Discordo e Discordo totalmente. Outras perguntas fechadas incluem apenas respostas “sim”, “não” ou “não sei informar” ou então respostas específicas, como por exemplo, tempo de atuação na PPGEP.

As reuniões entre discentes e docentes ocorreram com frequência distintas a depender de cada linha de pesquisa. Há grupos de pesquisa em que os professores se encontram com seus respectivos alunos com frequência semanal de modo a compartilhar experiências e acompanhar o andamento de pesquisa de cada aluno. Os docentes da linha ESTTE, por exemplo, realizam encontros com frequência mensal para compartilhar informações entre os grupos, e encontros semestrais com os alunos durante as disciplinas introdutórias da linha (i.e. Teorias da Prática). Durante o ensino remoto, as reuniões foram interrompidas, mas foi mantido o contato com os discentes e entre os professores da linha de modo virtual.

Análise dos resultados e divulgação: Os dados brutos coletados pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação foram tabulados em planilhas eletrônicas e enviadas aos membros da Comissão de Autoavaliação da PPGEP para análise e divulgação. As questões fechadas da escala de Likert foram utilizadas como base para fazer uma Análise SWOT para identificação dos pontos fracos e fortes do programa. Para isso, atribuiu-se um valor de 1 a 5 para cada tipo de resposta e, em seguida, calculou-se a média ponderada da frequência das respostas de cada participante. O valor das médias ponderadas foram então classificados no espectro dos critérios “potencialidade” e “fragilidade”. Para cálculo das médias foram utilizadas apenas as perguntas comuns a mais de um público-alvo, dado que em alguns casos, apenas um representante da classe respondeu ao questionário. Participaram do preenchimento dos questionários de autoavaliação 6 professores, 49 discentes, 2 técnicos administrativos, 1 residente pós-doutoral e 1 membro da coordenação do Programa.

Após a análise dos dados, identificação das potencialidades e fragilidades do Programa, os resultados foram apresentados à comunidade acadêmica através de uma reunião remota. Em uma próxima etapa, esses dados serão compilados em um relatório preliminar de avaliação que servirá como base para que a Comissão, juntamente outros participantes da PPGEP, realizem assembleias para discutir as sugestões de melhoria da qualidade do Programa. Os resultados foram apresentados no Planejamento Estratégico e divulgado para docentes e discentes.

Pontuação definida para cada tipo de respostas na escala de Likert:

Possíveis respostas e Pontuação

  • Concordo totalmente 5
  • Concordo 4
  • Não concordo nem discordo 3
  • Discordo 2
  • Discordo totalmente 1

Critérios de identificação de potencialidades e fragilidades do PPGEP

Valor da média ponderada Critério

  • 1-2 Fragilidade
  • 2-3 Pode se tornar fragilidade
  • 3-4 Pode se tornar potencialidade
  • 4-5 Potencialidade

Cronograma do processo de autoavaliação

  • Preparação (2019/1 – 2020/1)
  • Implementação e Aplicação dos questionários (Outubro 2020)
  • Análise e Divulgação dos Resultados Definição dos critérios de avaliação (2020/2)
  • Elaboração de relatório final e divulgação (2021/1)

Resultados

Da coordenação: A atual coordenação da PPGEP, embora seja nova nessa função, possui mais de 10 anos atuando como docente permanente do Programa. Segundo a sua percepção, a principal identidade do Programa é acadêmica, com forte inserção no mercado de trabalho. Em contrapartida, discordam da atuação do PPGEP em políticas públicas e em projetos de extensão. A respeito da inserção internacional do Programa, a posição é neutra, ou seja, não concordam e nem discordam. Sobre a gestão do Programa, a Coordenação acredita ter apoio administrativo da Direção da Escola de Engenharia e outros departamentos, e se consideram aptos a lidar com resoluções de conflitos inerentes ao cargo. Com relação à infraestrutura oferecida e sobre a estrutura curricular do Programa, a Coordenação concorda que infraestrutura disponível é adequada para a realização dos projetos de pesquisa dos discentes e que o curso viabiliza que o discente transite em áreas transversais assim como incentiva a participação dos discentes em Programa de doutorado sanduíche no exterior. Esse último ponto inclusive pode ser, sob a visão da coordenação, uma fortaleza da PPGEP uma vez que se concorda totalmente que o Programa tem registro de coorientações de mestrado ou doutorado com professores de instituições parceiras no exterior, alguns em regime de cotutela, e registro de publicações em coautoria com pesquisadores de instituições estrangeiras. Também se concorda que os resultados das teses e dissertações são publicados em periódicos de impacto.

Dos docentes: Dentre os docentes participantes da pesquisa, todos possuíam mais de oito anos de atuação na PPGEP (Figura 3). Metade dos professores completaram seu doutorado na UFMG e 83% realizaram pós-doutorado em universidades no exterior. Sobre os aspectos gerais do Programa os docentes têm percepções diferentes da coordenação no que tange à a atuação em políticas públicas e o caráter extensionista. Entre os docentes há divergentes opiniões acerca da infraestrutura e estrutura curricular do Programa. Quanto ao primeiro aspecto, 16% concorda totalmente que a infraestrutura é adequada para a realização de projetos de pesquisa, 50% concorda e 17% discorda dessa sentença. Já em relação à estrutura curricular 68% concorda ser adequada a formação discente, mas 17% discordou totalmente. Em ambos os casos, o restante não manifestou concordância nem discordância. Em relação ao desenvolvimento do docente no Programa, 67% disse sim sobre a existência de uma política de acompanhamento do desempenho dos docentes permanentes e colaboradores e concordam que o PPGEP acompanha de maneira satisfatória o corpo docente.

Dos discentes e pós-doutorandos: A maior parte dos discentes que responderam ao questionário está cursando o doutorado na PPGEP. Como houve baixa participação de pós-doutorandos, suas respostas também foram incluídas nessa seção. O perfil dos discentes da PPGEP é bastante heterogêneo em relação à renda familiar. Para a maioria, a bolsa de estudos é a principal fonte de renda. A renda de 53% dos discentes e do residente pós-doutoral integra parte da renda familiar. Ainda sobre o perfil socioeconômico dos discentes, a maioria possui pais e mães com ensino superior completo. Os principais objetivos dos entrevistados na pós-graduação incluíram a busca por qualificação e carreira acadêmica. A respeito da matriz curricular dos cursos, maioria dos participantes a considera adequada à formação discente (63%) e que viabiliza a transversalidade com outras áreas de conhecimento (75%). Apenas 16% considera que a infraestrutura oferecida pelo PPGEP não é adequada ao desenvolvimento de projetos e pesquisas. Sobre esse tópico, 10% se manteve neutro e o restante a considera adequada. Quanto aos projetos, grande parte dos alunos também considera que há oportunidades para envolvimento em ações de extensão (61%) e em políticas públicas (61%). Sobre a gestão do curso em contrapartida, 63% dos entrevistados, não considera satisfatório o atendimento oferecido pela secretaria do PPGEP.

Sobre o acompanhamento do percurso do discente, observou-se divergência de opiniões entre os entrevistados. À exceção das respostas neutras, 36% dos participantes, incluído o grupo de pós-doutores, considera ter um acompanhamento satisfatório por parte da PPGEP e 33% discordam dessa afirmativa. Por fim, quando perguntados sobre a afirmação “a PPG segue a melhor direção rumo à formação de mestres e doutores na área em que atuo”, 22% concordaram totalmente, 27% concordaram, 12% discordaram e 4% discordaram totalmente. O restante manteve-se neutro. Em relação à atuação do Programa, 68% dos discentes acreditam que o PPGEP tenha uma forte inserção internacional (Figura 8). Ainda sobre esse alcance, 39% dos discentes também disseram que o PPGEP tem vocação internacional.

Dos técnicos administrativos: Dos técnicos administrativos participantes, todos trabalham na secretaria do programa há mais de 7 anos, tendo uma carga horária entre 20 e 40 horas semanais com dedicação exclusiva. A expectativa de permanecer atuando na secretaria é de 3 a 4 anos. Sobre a recepção e treinamento dos técnicos administrativos 50% opinou que sim, houve recepção e treinamento adequado e a outra metade se posicionou ao contrário. Ambos concordam que a PPGEP acompanha de maneira satisfatória o servidor técnico administrativo e apoia políticas institucionais de incentivo à capacitação de servidor técnico administrativo. Quando perguntados sobre os aprimoramentos que poderiam melhorar sua contribuição ao programa, ambos participantes deram maior importância à melhoria nos recursos de tecnologia da informação.

Próximos passos

Considerando os novos aspectos de avaliação da CAPES, a Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFMG concentrou esforços para poder desenvolver sua política e implementar instrumentos de autoavaliação para o aperfeiçoamento do Programa. Os resultados dessa iniciativa mostraram importantes focos de atenção que precisam ser melhorados e pontos que podem ser aperfeiçoados para garantir a melhoria contínua da qualidade. Uma vez identificados esses aspectos, foi discutir com a comunidade acadêmica propostas para resolução de problemas, sugestões de melhoria e a proposição de metas para o próximo quadriênio. Essa autoavaliação, por sua vez, foi tomatada como base para a proposta do Planejamento Estratégico do PPGEP/UFMG.

Para as próximas autoavaliações pretende-se ainda adicionar ao processo uma quarta etapa de metavaliação com objetivo de avaliar, periodicamente, a própria política de avaliação do Programa. Com relação aos questionários esses poderão incluir a avaliação pelos discentes egressos e outras perguntas complementares como, por exemplo, a respeito da evasão dos cursos e a avaliação de disciplinas. Considera-se também a aplicação de questionários independentes desenvolvidos pela própria PPGEP e aplicados com uma frequência mínima uma vez ao ano. Por fim, avalia-se a possibilidade de criação de uma escuta acadêmica na qual os membros da PPGEP poderão enviar anonimamente e, a qualquer momento, sugestões e reclamações diretamente à Comissão de Autoavaliação através de um formulário disponibilizado em um link do site da PPGEP.

2013-2016

No fechamento do quadriênio 2013-2016, o PPGEP-UFMG elencou três pontos fortes do Programa no processo de autoavaliação: (i) a qualificação e produção científica e tecnológica do corpo docente; (ii) a sua inserção social e contribuição; e (iii) a estrutura do programa.

O corpo docente do PPGEP-UFMG tinha, ao final de 2016, dezesseis professores, sendo quinze permanentes e um colaborador. Nesse quadro, dez eram bolsistas de produtividade (PQ ou DT/CNPq). Mais relevante, o seu corpo docente foi avaliado como cientificamente ativo e com alto potencial de desenvolvimento, porém afetado pelo contingenciamento de verbas principalmente no que tange a participação em congressos e bolsas para discentes. Não obstante, como descrito anteriormente, por esforço “pessoal e intransferível” dos docentes, o número de publicações do PPGEP-UFMG nos extratos mais qualificados era comparável à de programas de pós-graduação em Engenharia de Produção com conceito 6 perante a CAPES.

Também vale salientar que a produção intelectual do PPGEP-UFMG não dependia de um único pesquisador, nem de um pequeno grupo. Mesmo tendo pesquisadores muito produtivos que se destacam nacionalmente e internacionalmente entre seus pares, a distribuição das publicações era bem uniforme entre o corpo docente e entre as linhas de pesquisa. Todas as linhas de pesquisa tinham ao menos um pesquisador bolsista de produtividade. O impacto quantitativo da produção científica do PPGEP-UFMG, das suas linhas e dos seus docentes, avaliado a partir do índice H, também era muito bom dada a média de idade e de tempo de conclusão do doutorado de seus docentes.

O PPGEP-UFMG também possuía em seu interior uma produtiva diversidade de áreas de conhecimento, de tópicos pesquisados e de metodologias de pesquisa empregadas. Isso trazia, como resultado, uma gama de publicações relevantes nas mais variadas revistas, tais como a Science, em um extremo, e a Social Studies of Science, no outro.

Outro resultado observado foi a diversidade da sua produção. Além da produção científica de nível internacional, o PPGEP-UFMG tinha uma produção tecnológica de qualidade, com o desenvolvimento de produtos e software (com respectivos pedidos de patente e registro), de material instrucional e de metodologias inovadoras.

O PPGEP-UFMG possuía uma forte interação com a sociedade, atuando tanto no âmbito acadêmico e profissional como junto a parcelas marginalizadas da população. Isso ocorria principalmente por meio da formação de recursos humanos qualificados e pela realização de pesquisas acadêmicas de ponta em cima de questões e problemas complexos enfrentados por organizações públicas, privadas e pela sociedade.

Nesse sentido, a diversidade do corpo docente do PPGEP-UFMG também auxiliava, pois possibilitava o estudo e enfrentamento de problemas que iam desde questões mais técnicas – como uma simulação computacional de escoamento de minério ou o desenvolvimento de um modelo teórico ou de uma técnica de processamento digital de imagens e de manufatura aditiva – até questões que envolviam, conjuntamente, aspectos técnicos, organizacionais, sociais e econômicos – tais como melhorar a prevenção de acidentes e doenças do trabalho ou estabelecer um sistema de coleta de resíduos urbanos que seja, ao mesmo tempo, socialmente inclusivo e economicamente viável.

Dadas as contribuições significativas que o PPGEP-UFMG teve e tem na capacitação e na formação de docentes para as principais Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas do Estado de Minas Gerais na área de Engenharia de Produção, o PPGEP-UFMG vinha também atuando na formação de recursos humanos qualificados para empresas do setor produtivo, tanto públicas quanto privadas, como, por exemplo, pesquisadores da Fundacentro e fiscais do trabalho.

Observou-se também que as pesquisas realizadas contribuíram tanto para avançar a discussão teórica nos campos de atuação do PPGEP-UFMG como para a efetiva implementação de soluções para os problemas pesquisados. Em alguns casos, isso exigiu a criação e formação de grupos de pesquisa e de pesquisadores e a sua manutenção ao longo do tempo, sem o que não seria possível realizar a mudança de cultura desejada, por exemplo, em como realizar análises de acidentes que tragam melhorias reais para a segurança no trabalho ou como realizar a gestão do conhecimento tácito de uma maneira sistematizada e teoricamente embasada.

O segundo ponto forte do PPGEP-UFMG era que o conhecimento gerado a partir de demandas concretas da sociedade, além de enriquecer o ensino e a pesquisa do PPGEP-UFMG, retornava para essa mesma sociedade em um mix que combinava produtos científicos, tecnológicos e sociais

Em relação à estrutura do curso, era consenso no corpo docente do PPGEP-UFMG que a estrutura permitia aos seus discentes o aprofundamento nas suas respectivas áreas de pesquisa ao mesmo tempo que mantinha uma flexibilidade que permitia aos interessados realizar estudos multidisciplinares. Também se considerava que o corpo de disciplinas ofertados oferecia a base teórica mínima necessária, a qual, aliada a uma orientação e estudos individuais guiados, gerava uma formação mais completa dos discentes de acordo com seu tema.

Destacava-se também nesse momento o esforço do PPGEP-UFMG em prol da sua internacionalização, mesmo contando com parcos recursos. A internacionalização do PPGEP-UFMG trazia benefícios tais como a exposição dos discentes a novas culturas, pesquisadores e maneiras de pesquisar, que são sempre benéficas pelo contraste que criam, auxiliando-os a se formarem. Citou-se também o desenvolvimento do próprio Programa, por meio de elaboração conjunta de pesquisas e de escrita de artigos. A internacionalização também começava a contribuir na atração de alunos de universidades estrangeiras.

Em relação aos pontos onde o programa pode melhorar, no final do quadriênio de 2013-2016, foram listados três pontos: (i) produção com discente; (ii) organização de eventos científicos; e (iii) realização de pesquisas multidisciplinares.

No quadriênio 2013-2016, a publicação com discentes apresentou uma melhora significativa em comparação com triênio 2010-2012. Entretanto, foi apontado que este indicador deveria continuar sendo periodicamente analisado e discutido com o propósito de melhorar esse quesito.

O PPGEP-UFMG considerou que o número de eventos realizados na UFMG, dentro de suas áreas de especialidade, foi baixo no quadriênio 2013-2016 em função de fatores como a real falta de recursos e a dedicação contínua na consolidação do curso de doutorado. Mesmo assim, o PPGEP-UFMG acreditava que esse era um ponto relevante para seus discentes e seu próprio desenvolvimento e pretendia atuar nessa questão.

O PPGEP-UFMG já realizava pesquisas multidisciplinares, como demonstravam as publicações entre docentes de linhas e formações distintas, como estatística, administração e sociologia, dentro do próprio PPGEP-UFMG e desses com docentes de outros programas de pós-graduação da UFMG e de outras universidades. Porém, acreditava-se que esse número ainda era pequeno e deveria ser incentivado, pois a multidisciplinaridade é o único caminho para uma tentativa de solução dos graves e complexos problemas enfrentados pelas sociedades brasileira e mundial. Em outras palavras, se a ciência, por um lado, teve ganhos enormes pela via da especialização, ela também teve perdas, as quais só poderão ser recuperadas por meio de projetos multidisciplinares – e o PPGEP-UFMG pretendia contribuir com esse movimento.

Por fim, ao final do quadriênio 2013-2016, o PPGEP-UFMG planejou ações futuras em resposta aos pontos fracos apontados em sua autoavaliação. Essas ações incluíam: (1) aumentar a participação discente nas publicações em periódicos internacionais de ponta, ampliando o apoio fornecido e priorizando congressos aos quais estivessem associados números especiais de periódicos nos estratos superiores do Qualis; (2) organizar um maior número de eventos na UFMG; (3) aumentar as iniciativas de realização de projetos multidisciplinares.

Tendo em vista os resultados da Avaliação Quadrienal 2013-2016, o PPGEP-UFMG realizou o Planejamento Estratégico do programa para o quadriênio 2017-2020, em 2017. Nesse planejamento, foram novamente elencados os pontos fortes e fracos do programa.

Em relação aos pontos fortes, foram confirmados os mesmos pontos do levantamento anterior, a saber: (i) a qualificação e produção científica e tecnológica do corpo docente; (ii) a sua inserção social e contribuição; e (iii) a estrutura do programa.

Os três principais desafios para o quadriênio 2017-2020 também foram identificados: (i) aumento da produção com discente; (ii) expansão e consolidação da internacionalização; e (iii) incremento na realização de pesquisas multidisciplinares e/ou transdisciplinares. O primeiro desafio já havia sido observado no levantamento anterior e deve ser constantemente reavaliado. Em relação ao segundo desafio, foi priorizado nesse momento a internacionalização numa tentativa de envidar mais esforços, de maneira sistemática, para consolidar a internacionalização do programa. Decidiu-se também que os projetos em curso e os que fossem negociados deveriam ser ligados, dentro do possível, com o primeiro desafio. Ou seja, os docentes foram orientados a incluir mais discentes em seus projetos de pesquisa e intercâmbio com universidades estrangeiras, de modo a aumentar a publicação internacional qualificada com discentes. Buscando intensificar a internacionalização do programa, o PPGEP decidiu participar do Programa Institucional de Internacionalização (PII-UFMG) que a UFMG submeteu ao programa de Internacionalização (PrInt) da CAPES. O PPGEP também submeteu duas propostas no edital interno da UFMG para alocação de Professores Visitantes Estrangeiros para atuar no programa.

Ao terceiro desafio, apontado no quadriênio anterior, foi acrescentada a realização de pesquisas transdisciplinares. Nesse sentido, destacava-se o projeto de pesquisa transdisciplinar, iniciado em 2017, denominado “Das economias alternativas às alternativas à economia: explorando práticas e conceitos socioespaciais e culturas para além da racionalidade econômica”. Esse projeto foi aprovado em Edital junto ao Instituto de Estudos Avançados da UFMG (IEAT-UFMG) e tinha como participantes professores do CEDEPLAR (Faculdade de Ciências Econômicas), da Faculdade de Educação e do PPGEP-UFMG (Prof. Francisco Lima).

Vale destacar que o PPGEP reconhecia a importância da realização de eventos, mas preferiu manter a quantidade de três desafios do programa, garantindo o foco, e priorizar, naquele momento, a internacionalização do programa em detrimento da também importante realização de eventos científicos.

Em 2018, o PPGEP fez uma síntese das principais ações operacionalizadas em resposta aos desafios listados, em 2017, no Planejamento Estratégico 2017-2020.

Foi oferecida a disciplina de “Construção de Artigos” a partir de 2018/2 para os discentes do PPGEP mais avançados em suas pesquisas, de modo a auxiliá-los a desenvolver artigos internacionais de ponta. Dada a diferença na escrita de artigos qualitativos e quantitativos, as linhas de pesquisa da área quantitativa optaram por fazer tal supervisão para a escrita de artigos por meio de reuniões mensais com seus alunos, ao invés de oferecer uma disciplina específica para tal.

Na parte da internacionalização, a UFMG foi contemplada pelo edital PrInt da CAPES e chamadas internas para submissão de propostas foram realizadas no início de 2019. O PPGEP foi contemplado com duas vagas para alocação de Professores Visitantes Estrangeiros para atuar no programa por um período de até quatro anos.

Em 2019, a autoavaliação do PPGEP-UFMG avaliou os seguintes aspectos: (i) ensino e aprendizagem; (ii) internacionalização; (iii) impacto científico; (iv) impacto econômico e social; (v) inovação e transferência de conhecimento. Também foram mantidos nessa oportunidade os desafios listados no ano anterior.

Em relação ao ensino e aprendizagem, foi pontuado que o PPGEP oferecia, em cada uma das linhas de pesquisa oferecidas pelo programa, um conjunto de disciplinas balanceando a carga didática entre disciplinas voltadas à sólida formação do discente em conceitos fundamentais e disciplinas de ponta oferecendo ao discente conteúdo no estado-da-arte dos temas desenvolvidos pelo seu corpo docente.

Foi avaliado que o PPGEP durante os anos iniciais do quadriénio 2017-2020, no quesito “Internacionalização”, teve bom desempenho para um programa com Nota 5 na avaliação da CAPES. Isso demonstrava não só um esforço pessoal e institucional, como um comprometimento para a melhoria da pós-graduação e para o desenvolvimento de pesquisas de ponta. A internacionalização do PPGEP foi verificada com base em ao menos cinco pontos: (i) parcerias internacionais e doutorados cotutelados; (ii) inserção internacional dos professores do PPGEP; (iii) alunos em doutorado sanduíche no exterior; e (iv) visitas de pesquisadores estrangeiros ao PPGEP; (v) inclusão do PPGEP no programa CAPES-PRINT da UFMG.

O PPGEP possuía cinco parcerias formais com universidades estrangeiras, a saber: Université Clermont-Auvergne, antiga Blaise Pascal (UBP), Clermont-Ferrrand, França; University of Florida, Gainesville, USA; Université de Technologie de Troyes (UTT), Troyes, França; Universidade de Radboud, Holanda; e Universitat Oberta de Catalunya (UOC), Barcelona, Espanha. A essas parcerias, já tinham sido vinculados e existiam previsões (que se concretizaram) de realização de doutorados sanduíches e em cotutela de alunos do PPGEP, além do primeiro aluno de cotutela oriundo da Universidade de Radboud recebido pelo PPGEP e com tese de doutorado defendida em 2017. Essas parcerias também permitiram a vinda do Prof. Philippe Mahey da UBP na qualidade de pesquisador visitante na UFMG em projeto PVE do CNPq coordenado pelo Prof. Maurício Cardoso de Souza.

A inserção internacional do corpo docente do PPGEP-UFMG já podia ser verificada pela sua atuação como pareceristas e membros do corpo editorial de revistas renomadas e participação em eventos e organizações internacionais. Em relação a intercâmbios de docentes do PPGEP, o Prof. Marcelo Costa realizou estágio pós-doutoral na Linköping University, Suécia, em 2018. Em 2019, o Prof. Samuel Vieira Conceição foi contemplado com bolsa de Professor Visitante no Exterior no Edital de Internacionalização do CAPES – Programa Institucional de Internacionalização da Universidade Federal de Minas Gerais (CAPES-PrInt UFMG) no período entre 2020 e 2021. Entretanto, a sua saída ainda não acorreu em função da pandemia do Coronavírus e está prevista para ser realizada na França entre 2021/2022.

Em relação ao impacto científico, pôde-se avaliar que o corpo docente do PPGEP-UFMG era cientificamente ativo, tendo em seu quadro de permanentes diversos professores Bolsistas PQ e DT do CNPq. O número de publicações do PPGEP-UFMG nos extratos mais qualificados, assim como no quadriênio 2013-2016, era comparável à de programas de pós-graduação em Engenharia de Produção com conceito 6 perante a CAPES. Ressalta-se que, só em 2018, foram publicados 3 artigos em revistas do grupo Nature (fator de impacto =14).

Também vale salientar que a distribuição das publicações continuava uniforme entre o corpo docente e entre as linhas de pesquisa – todas permaneciam com ao menos um pesquisador bolsista de produtividade. O impacto quantitativo da produção científica do PPGEP-UFMG, das suas linhas e dos seus docentes, avaliado a partir do índice H, também apresentou evolução.

Já indicador de solidariedade do PPGEP-UFMG pôde ser observado em projetos coordenados pelo Prof. Francisco Lima inclusive com várias dissertações desenvolvidas no âmbito destes projetos e a forte colaboração para o desenvolvimento de outros programas de Graduação e Pós-graduação em Engenharia de Produção, diminuindo as assimetrias existentes. Isso foi verificado não só pela formação de recursos humanos qualificados, mas pela interação que ocorre posteriormente e que tem levado, inclusive, a um retorno de egressos para maior qualificação junto ao PPGEP-UFMG. Como exemplo dessas ações, o Prof. Maurício Cardoso apoiou no desenvolvimento do projeto do curso de mestrado em Engenharia de Produção da UFOP aprovado em 2018 e com ingresso da primeira turma de alunos em 2019.

Ainda em relação ao impacto, como indicadores de nucleação, foram citados os grupos de pesquisa coordenados pelos docentes do PPGEP-UFMG e os eventos organizados e sediados nas dependências da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Estes grupos são uma importante forma de nucleação das atividades de pesquisa desenvolvidas pelos professores do PPGEP-UFMG e, muitas vezes, são o meio necessário para difundir conhecimento e captar recursos para a pesquisa.

O impacto social de egressos do PPGEP pôde ser observado na inserção destes egressos e discentes em diversas universidades em Minas Gerais e fora do estado. O PPGEP-UFMG possui tradição na formação de docentes capacitados na área de Engenharia de Produção e contribui, concretamente, para a formação de recursos humanos qualificados, com forte impacto regional e nacional. Além de capacitar o corpo docente de diversas universidades do estado de Minas Gerais, o PPGEP-UFMG também forma mão de obra qualificada para atuar no setor produtivo, tanto na iniciativa privada quando em instituições públicas.

Além disso, destacaram-se as possibilidades de transferência de conhecimento e inovação nas diversas organização nas quais os egressos estão inseridos, fruto das pesquisas desenvolvidas no PPGEP.

Por fim, no Quadriênio 2013-2016 e nos anos iniciais desse quadriênio, foi destacado pelo PPGEP a necessidade de disponibilização de recursos para dar prosseguimento a parte do Planejamento Estratégico. Neste sentido, mencionaram-se o corte substancial dos recursos dos programas de pós-graduação pelo governo federal como uma dificuldade enfrentada nos últimos anos. Foram citadas ainda a possibilidades de estreitar, ainda mais, a inserção do PPGEP com o setor produtivo, sem afetar a sua capacidade de produção qualificada, e a busca de financiamento em órgãos de fomento internacionais como possíveis alternativas nesse cenário.

Em 2020, o PPGEP iniciou o processo de formalização e sistematização dos procedimentos de Autoavaliação e Planejamento Estratégico. Os procedimentos utilizados são descritos a seguir.

Vale mencionar, por fim, o atípico ano de 2020 em função da pandemia do Coronavírus. As atividades presenciais na UFMG foram interrompidas em março de 2020 e gradualmente adaptadas para serem realizadas remotamente. Esta situação atrasou algumas das atividades previstas para serem realizadas em 2020, tendo inviabilizado a realização de outras.

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